O PSOL decidiu manter a pré-candidatura de Guilherme Boulos ao governo de São Paulo, mesmo após o partido lançar um documento com 12 itens que vão ser discutidos com outras legendas que devem apoiar o ex-presidente Lula na eleição nacional.
Em São Paulo, a discussão sobre os nomes da esquerda que disputarão o cargo, além de Boulos, envolve o ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) . O acordo, no entanto, dependerá da formação da federação entre PT e PSB.
Em conversa com CartaCapital, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o cenário ideal seria uma união do campo de esquerda em torno de um nome.
“O ideal é estar o PSOL junto nesse campo. Por isso, é importante saber como cada partido estará posicionado e qual o papel de cada liderança. A unidade em São Paulo vai ser importante para ter vitória, não só eleitoral, mas também política”, disse.
O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, no entanto, reafirmou a posição do partido em lançar uma candidatura própria no estado. O dirigente partidário também descartou fazer parte da federação que deve sair da união entre PT, PSB, PV e PCdoB.
“A única federação em debate no PSOL é com a Rede Sustentabilidade, que já está avançada, mas há temas ainda a serem desatados”, revelou.
Já no Rio de Janeiro, onde Marcelo Freixo (PSB) deve ser o nome da esquerda para o Executivo estadual, há a possibilidade do PSOL não lançar candidato.
“A candidatura do Freixo é a que está a frente das pesquisas e é possível que [o PSOL] se caminhe para esse lugar”, disse a deputada Talíria Petrone. “O ideal é que todos estivessem no mesmo campo”.
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