Política

PSDB é desafiado em redutos tradicionais, mas mantém força no interior

Principal derrota aconteceu em São José dos Campos, mas a legenda pode sair vitoriosa em Ribeirão Preto e Taubaté

Em Sorocaba, o tucano Antonio Carlos Pannunzio tenta manter a hegemonia do PSDB contra o favorito do PMDB. Foto: Rafael Andrade/Folhapress
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O PSDB saiu mais forte das urnas em um de seus redutos mais fortes: o interior paulista. Dos 393 candidatos tucanos que disputaram a eleição, quase metade (exatos 173) foi eleita. Outros sete disputam, com chance de vitória, o segundo turno.

No estado mais rico da federação, o partido fez quase o dobro do número de prefeitos do PMDB, que elegeu 88 candidatos – o principal deles Rodrigo Agostinho, em Bauru, que se reelegeu com 82% dos votos. O PSDB estima que, a partir de 2013, vai governar cerca de 7 milhões de habitantes.

Os números foram comemorados apesar de algumas derrotas simbólicas em antigos redutos. Das 11 maiores cidades do interior, o partido só elegeu um prefeito no primeiro turno em Piracicaba, onde Gabriel Ferrato (PSDB) venceu com facilidade (73,5) o petista Roberto Felicio e consolidou a sucessão do tucano Barjas Negri.

A principal derrota até agora ocorreu em São José dos Campos, onde o petista Carlinhos Almeida foi eleito em primeiro turno com 50,99% dos votos válidos. O candidato tucano, Alexandre Blando, ficou em segundo, com 43,15%.

A cidade, hoje administrada pelo PSDB, foi palco da desastrosa retirada, promovida pela Polícia Militar, das famílias ocupadas no bairro do Pinheirinho. As imagens das famílias deixando suas casas, sem ter para onde ir, e tendo suas moradias destruídas por tratores e caminhões correram o mundo, apesar dos aplausos da administração municipal, estadual e de boa parte dos moradores do centro.

Outro reduto do PSDB, Jundiaí (onde o partido está na prefeitura há 19 anos), está sob ameaça. Por muito pouco o candidato Pedro Bigardi (PCdoB) não venceu a eleição logo no primeiro turno. Ele obteve 49,9% dos votos. Luiz Fernando Machado (PSDB), que obteve 42,95%, tentará manter a prefeitura sob o comando tucano.

Em Franca, o PSDB tenta também manter o comando da prefeitura com Alexandre Ferreira (PSDB), que disputa o segundo turno contra a Delegada Graciela (PP). O tucano terminou a primeira etapa da campanha à frente (38% a 29%), o que indica em quem está o favoritismo da disputa.

Em Sorocaba, o partido tenta mais quatro anos à frente da prefeitura com o tucano Antonio Carlos Pannuzzio, que recebeu 35% dos votos e desafia o favoritismo de Renato Amary (PMDB).

O partido também terá candidato no segundo turno em Taubaté e Ribeirão Preto.

Outra joia da coroa na mira dos tucanos é Campinas, palco recentemente de escândalo envolvendo o ex-prefeito Doutor Hélio (PDT), ex-aliado do PT na maior cidade do interior paulista. O partido apoia o candidato do PSB, Jonas Donizette, que teve como principal cabo eleitoral o governador tucano Geraldo Alckmin. Do outro lado estará o economista Marcio Pochmann (PT). Em trajetória semelhante à de Fernando Haddad em São Paulo, o ex-presidente do Ipea tem a biografia ligada à universidade e foi ungido pelo ex-presidente Lula para dar um rosto de “novidade” na disputa local. Ele patinou nas pesquisas até o último momento, quando se consolidou na segunda colocação e garantiu a ida ao segundo turno com 28,56% dos votos. Mais do que nunca, Pochmann vai precisar agora do apoio do padrinho político para inverter o favoritismo de Donizette.

Em São José do Rio Preto, a coligação do partido com o PSB à frente venceu facilmente a disputa com o PT local e conseguiu reeleger Valdomiro Lopes com 58,56% dos votos, bem à frente do petista João Paulo Rillo (29%).

Nas Câmaras Municipais, o PSDB estima ter eleito 1.051 parlamentares em 645 municípios paulistas. De acordo com a legenda, é a maior bancada eleita no estado e representa 40% mais parlamentares que o partido segundo colocado, o PT, que elegeu 649 vereadores, somados todos os municípios.

O PSDB saiu mais forte das urnas em um de seus redutos mais fortes: o interior paulista. Dos 393 candidatos tucanos que disputaram a eleição, quase metade (exatos 173) foi eleita. Outros sete disputam, com chance de vitória, o segundo turno.

No estado mais rico da federação, o partido fez quase o dobro do número de prefeitos do PMDB, que elegeu 88 candidatos – o principal deles Rodrigo Agostinho, em Bauru, que se reelegeu com 82% dos votos. O PSDB estima que, a partir de 2013, vai governar cerca de 7 milhões de habitantes.

Os números foram comemorados apesar de algumas derrotas simbólicas em antigos redutos. Das 11 maiores cidades do interior, o partido só elegeu um prefeito no primeiro turno em Piracicaba, onde Gabriel Ferrato (PSDB) venceu com facilidade (73,5) o petista Roberto Felicio e consolidou a sucessão do tucano Barjas Negri.

A principal derrota até agora ocorreu em São José dos Campos, onde o petista Carlinhos Almeida foi eleito em primeiro turno com 50,99% dos votos válidos. O candidato tucano, Alexandre Blando, ficou em segundo, com 43,15%.

A cidade, hoje administrada pelo PSDB, foi palco da desastrosa retirada, promovida pela Polícia Militar, das famílias ocupadas no bairro do Pinheirinho. As imagens das famílias deixando suas casas, sem ter para onde ir, e tendo suas moradias destruídas por tratores e caminhões correram o mundo, apesar dos aplausos da administração municipal, estadual e de boa parte dos moradores do centro.

Outro reduto do PSDB, Jundiaí (onde o partido está na prefeitura há 19 anos), está sob ameaça. Por muito pouco o candidato Pedro Bigardi (PCdoB) não venceu a eleição logo no primeiro turno. Ele obteve 49,9% dos votos. Luiz Fernando Machado (PSDB), que obteve 42,95%, tentará manter a prefeitura sob o comando tucano.

Em Franca, o PSDB tenta também manter o comando da prefeitura com Alexandre Ferreira (PSDB), que disputa o segundo turno contra a Delegada Graciela (PP). O tucano terminou a primeira etapa da campanha à frente (38% a 29%), o que indica em quem está o favoritismo da disputa.

Em Sorocaba, o partido tenta mais quatro anos à frente da prefeitura com o tucano Antonio Carlos Pannuzzio, que recebeu 35% dos votos e desafia o favoritismo de Renato Amary (PMDB).

O partido também terá candidato no segundo turno em Taubaté e Ribeirão Preto.

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