Política

PSB zera barreiras para filiação de Alckmin; petistas veem chapa com Lula mais próxima

O ex-governador paulista se desfiliou do PSDB nesta quarta-feira 15 e não tem resistência entre os pessebistas, que abrem as portas da sigla

O ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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A possibilidade de Geraldo Alckmin ocupar o posto de vice em uma chapa encabeçada por Lula em 2022 ganhou um reforço, nesta quarta-feira 15, com o anúncio de que o ex-governador paulista entregou oficialmente seu pedido de desfiliação ao PSDB.

Alckmin é cortejado por PSB, Solidariedade e PSD. Embora o martelo não tenha sido batido, setores do PT e do PSB veem o acordo mais próximo. A principal razão pela qual os partidos envolvidos hesitam em cravar uma decisão é a postura do próprio Alckmin, que recorre mais a gestos e sinais discretos do que a anúncios peremptórios.

Há indícios, porém, de que se encaminha uma aliança. Na semana passada, ocorreu uma reunião do PSB em Brasília, com a presença do presidente nacional, Carlos Siqueira, e dos presidentes estaduais. Setores pessebistas mantinham preocupação quanto a uma possível resistência interna ao nome de Alckmin, mas isso não se confirmou. Todos os presidentes estaduais deram aval à filiação.

No PSB, portanto, não há mais barreiras para a entrada de Alckmin.

Alckmin se reuniu na última terça-feira 14 com o ex-governador de São Paulo Marcio França, um dos principais entusiastas da composição com Lula no plano nacional. Do encontro não saiu uma decisão, mas o PSB avalia como promissor o fato de Alckmin ter avalizado, nesta semana, a filiação ao partido do ex-tucano Sandro Lindoso, médico que concorreu à Prefeitura de Osasco (SP) pelo Republicanos em 2020.

No PT, as reações à desfiliação de Alckmin do PSDB são cautelosas, mas “otimistas” quanto à concretização da aliança para 2022. Uma importante liderança do partido disse a CartaCapital não ser possível garantir o acerto porque “ainda há muita água a rolar”, mas admitiu que o nome de Alckmin aparece “com muita força” e que se trata de “uma forte indicação por parte de Lula”. Ele avalia que as conversas “andaram rápido”, embora não estejam encerradas.

Um parlamentar petista afirmou reservadamente à reportagem que a saída de Alckmin do PSDB o aproxima da chapa com Lula. Resta saber, ponderou, a qual sigla ele se filiará.

Mas, se no PSB Alckmin não encontrou qualquer resistência, o mesmo não se pode dizer do PT. Para um experiente dirigente do partido, o melhor “conselho” ao ex-tucano é: “Que siga o seu caminho”.

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