Policiais da União declararam que “protestos e paralisações não foram descartados” após uma reunião realizada nesta segunda-feira 18 com o ministro da Justiça, Anderson Torres.
A categoria vem demonstrando descontentamento com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação a reajustes salariais, depois de o governo federal decidir por um aumento de 5% para todo o funcionalismo público, sem benefícios específicos para os agentes de segurança, que esperavam um reajuste superior a 16% a partir de uma reforma na carreira policial, com novos critérios de progressão acompanhados de evoluções salariais.
Em diálogo com Torres, entidades representativas de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes do Departamento Penitenciário Nacional declararam que os informes do governo federal “mobilizaram as forças de segurança pública e motivaram a convocação de assembleias, para avaliação do que vem sendo discutido e ações que podem ser tomadas caso o governo confirme oficialmente a continuidade ou não das tratativas de reestruturação das respectivas carreiras”.
Segundo as entidades, a proposta de recomposição inflacionária é “diferente da proposta de reestruturação” das carreiras policiais. O ministro teria se comprometido a articular uma solução definitiva com Bolsonaro.
“Nesta semana, as entidades de classe realizarão assembleias gerais extraordinárias com suas bases para deliberar sobre as próximas medidas a serem adotadas no contexto de mobilização para que a medida provisória da reestruturação das polícias seja assinada com urgência. Protestos e paralisações não foram descartados diante do cenário que surgiu com a mudança de destinação do orçamento de 1,7 bi”, diz uma nota das associações.
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