Protesto atrai público mais velho

Quase metade do potesto era formado por manifestantes com mais de 51 anos; 41% ganhavam mais de 10 salários e 77% queriam a saída da presidenta

Manifestantes na avenida Paulista

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Menor em relação ao protesto do dia 15 de março, a manifestação de domingo 12 na avenida Paulista também ficou mais velha, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira 13.

De acordo com o instituto, 41% de quem foi protestar contra o governo na conhecida avenida tinha mais de 51 anos, o dobro da manifestação de março. Além de pessoas maduras, foram ao protesto família inteiras e muitos casais, quase sempre vestindo a camiseta da seleção brasileira de futebol.

Aproximadamente 80% deles têm diploma de ensino superior, 35% estão trabalhando com a carteira assinada e 41% ganham mais de 10 salários-mínimos (7,9 mil reais).

Quase todos que saíram às ruas em São Paulo votaram em Aécio Neves (PSDB) para presidente: 83% dos manifestantes, enquanto apenas 3% votaram em Dilma Rousseff (PT) e estavam arrependidos. A maioria quer o impeachment da presidenta (77%), 74% sabem que o vice assume e 90% que o atual ocupante do cargo é o peemedebista Michel Temer.

O Datafolha também perguntou aos manifestantes que regime preferem para o País: 86% defenderam a democracia, 9% a ditadura militar e 3% disseram que “tanto faz”. A principal razão para protestar: 33% corrupção; 13% impeachment; 11% contra o governo; 11% contra o PT.

A maioria (35%) de quem foi à Paulista identificou sua visão política como sendo de centro. Eles são seguidos pelos manifestantes de direita (26%), centro-direita (20%) e esquerda, 7%.


O instituto entrevistou 1.320 pessoas entre 12 horas e 18 horas. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Saiba como foram os protestos no restante do Brasil: Os protestos de 12 de abril

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