Política
Projeto sobre cassinos e jogos de azar deve entrar na pauta do Senado na próxima semana, diz Pacheco
Caso não entre na pauta da quarta-feira 4, a expectativa é que o texto seja apreciado no dia 10 de dezembro


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira 28 que o projeto que busca regulamentar os cassinos e jogos de azar deve entrar na pauta do Senado já na próxima semana.
A proposta, que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, além de legalizar o jogo do bicho e permitir apostas em corridas de cavalos, já passou pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado em junho.
Caso não entre na pauta da quarta-feira 4, a expectativa é que o texto seja apreciado no dia 10 de dezembro. “Há diversos pedidos para ter essa apreciação. Votando a favor ou não, sendo contra ou não, [mas é] ter uma deliberação do Senado em relação à legalização ou não dos jogos no Brasil”, disse.
Com a proposta devem surgir dois novos tributos, a serem pagos pelas entidades operadoras de jogos e apostas licenciadas: a Taxa de Fiscalização de Jogos e Apostas, a Tafija, e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a comercialização de jogos e apostas, a Cide-Jogos. As casas de apostas serão isentas de outros impostos e contribuições.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse em junho que o Palácio do Planalto não firmou uma posição sobre o projeto. Apesar disso, o presidente Lula (PT) sinalizou que não deve vetar a proposta, caso ela receba aval do Congresso.
Se o Congresso aprovar e se for feito um acordo entre os partidos, não tem por que não sancionar”, afirmou. “Agora, não é isso que vai resolver o problema do Brasil. Essa promessa fácil de que vai gerar dois milhões de empregos não é verdade, também.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Pacheco manda parlamentares apontarem autoria de emendas do Orçamento Secreto
Por Wendal Carmo
Pacheco promete esforço para votar ajuste fiscal no Senado ainda em 2024
Por CartaCapital