Política

Professores vão às ruas em protesto contra governo no Paraná

Depois de fazer governo do tucano Beto Richa recuar em “pacotaço” que cortava direitos, servidores pressionam por benefícios para acabar greve

Pelo menos 10 mil professores e servidores tomaram às ruas na capital paranaense
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Milhares de professores e servidores do Estado organizaram mais um protesto e marcharam pelas ruas de Curitiba, no Paraná, na manhã desta quarta-feira 25. A manifestação é contra uma série de medidas de cortes de gastos, anunciadas pelo governo Beto Richa (PSDB), que atingem em cheio conquistas históricas do funcionalismo público paranaense. A Polícia Militar estima que 10 mil pessoas participaram do ato, enquanto que o APP Sindicato fala em 45 mil manifestantes. O protesto marca a terceira rodada de negociação entre a gestão tucana e a categoria.

Os professores se reuniram nas praças Rui Barbosa e Santos Andrade, na região central de Curitiba, logo pela manhã. De lá, seguiram em passeata até a Catedral de Curitiba, onde as duas marchas se encontraram para continuar até os portões do governador tucano. No Palácio do Iguaçu, representantes do governo do Paraná e do sindicato sinalizaram a possibilidade de um fim próximo da greve dos profissionais de ensino paranaense. Os profissionais estão parados desde o dia 9 de fevereiro.

Na reunião de hoje, o governo aceitou pagar no fim de março a totalidade dos terços de férias referentes a novembro e dezembro do ano passado. Os professores exigiam o pagamento desses R$ 116 milhões em parcela única, enquanto o governo insistia em parcelar em duas vezes. Ao mesmo tempo, o tucano prometeu implementar, entre maio e junho, as progressões e promoções atrasadas desde o início do ano passado, e acatou a retomada de programas suspensos em 2014.

Ainda que os prazos não correspondam ao exigido originalmente pela APP Sindicato, praticamente toda a pauta proposta pelos professores foi de alguma forma atendida ao longo das três rodadas de negociação realizadas na última semana, após as sucessivas demonstrações de amplitude do movimento e de união da categoria.

Isso porque, acuado por mais de 15 mil pessoas que foram às ruas há duas semanas, Richa retirou da pauta de votação da Assembleia Legislativa o “pacotaço”, projeto que visava uma série de mudanças na estrutura organizacional e financeira do Estado. Dentre elas, Richa subtraía vantagens conquistadas pelos professores em seu plano de cargos e salários, como o fim do “quinquênio” – um adicional que é incorporado ao salário dos professores a cada cinco anos – além da demissão de professores, pedagogos e até merendeiras.

*Com informações da Rede Brasil Atual

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