Política

Privatização da Eletrobras foi crime de lesa-pátria, diz Lula

Durante o anúncio da Política Nacional de Transição Energética, em Brasília, o presidente também defendeu o papel do Estado na exploração de riquezas naturais

Privatização da Eletrobras foi crime de lesa-pátria, diz Lula
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira 26, que a privatização da Eletrobras, realizada em 2022, foi um “crime de lesa-pátria”. 

Em um discurso contundente durante o anúncio da Política Nacional de Transição Energética, em Brasília, Lula expressou sua decepção com a venda da estatal, que ele havia idealizado como um pilar de soberania tão importante quanto a Petrobras.

“Eu sonhei que a Eletrobras seria uma coisa tão importante quanto a Petrobras neste país. E é com muita tristeza que eu volto à presidência e encontro a Eletrobras privatizada. Aliás, ela não foi privatizada, cometeram um crime de lesa-pátria contra o povo brasileiro”, afirmou o presidente, ressaltando o impacto negativo da decisão para o patrimônio nacional.

“Essa história de destruir as empresas do setor público, alegando que o setor privado é melhor, é mentira. O setor privado tem de ser bom, e o público também. Eu não quero um Estado máximo, nem mínimo; eu quero um Estado que cumpra sua função”, completou.

Além das críticas à privatização, o presidente destacou a importância de modernizar a política de mineração no Brasil como uma forma de impulsionar a economia e gerar renda. 

“Precisamos tirar proveito de tudo que a gente pode fazer, para distribuir e fazer com que todos tenham acesso a uma parte do que produzimos. Assim, o brasileiro será menos pobre e não precisaremos ficar criando programas de distribuição de renda”, disse Lula, sugerindo um enfoque mais produtivo e inclusivo para a economia brasileira.

O objetivo da nova Política Nacional de Transição Energética é aumentar a oferta de gás natural no mercado doméstico e otimizar o retorno social e econômico da produção nacional. 

O plano também busca ampliar a disponibilidade de gás natural para setores estratégicos, como a produção de fertilizantes e produtos petroquímicos, reduzindo a dependência do Brasil de fornecedores estrangeiros.

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