“A prisão preventiva pode ser o adequado remédio”, diz Gilmar Mendes sobre prisão de Sara Winter

Zambelli diz que ativista bolsonarista não era perigosa e políticos comentam a prisão nas redes

Acampamento bolsonarista "300 pelo Brasil". Foto: reprodução.

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A prisão da manifestante bolsonarista Sara Winter na manhã desta segunda-feira 15 repercutiu rápido nas redes sociais.

Sara é uma das figuras responsáveis pelo acampamento “300 do Brasil”, que foi desmantelado pela Polícia Militar do Distrito Federal no sábado 13, e que, mesmo assim, teve membros envolvidos na explosão de rojões contra um dos prédios do Supremo Tribunal Federal.

A militante simpatizante da extrema-direita também é alvo no inquérito das fake news que tramita no STF e que investiga a articulação de ataques virtuais contra a corte. Ela foi presa pela Polícia Federal após mandado de prisão autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Gilmar Mendes, também ministro da Corte, afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes que “a prisão preventiva pode ser o adequado remédio neste momento”.

 

Outros ministros ainda não se manifestaram sobre a prisão, mas divulgaram notas de repúdio contra a tentativa de atingir o Supremo com rojões. Na noite de ontem, Alexandre de Moraes publicou que o Supremo não se curvaria diante de agressões estimuladas por grupos antidemocráticos. “A lei será rigorosamente aplicada e a Justiça prevalecerá.”, escreveu nas redes.


No Twitter, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) escreveu que a prisão de Winter também explicita uma relação dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, que “se protegem atrás do mandato parlamentar e estimulam essas pessoas a atacarem o Supremo Tribunal Federal”, argumenta.

Alexandre Frota, deputado do PSDB, publicou uma foto de Sara da época em que ela se denominava ativista contra Bolsonaro. “A justiça tarda mas não falha”, escreveu.

Já a deputada Carla Zambeli (PSL-SP), participante da base bolsonarista na Câmara dos Deputados, relativizou a prisão da ativista ao questionar se ela representava “tanto risco” e se “era pra tanto”. Zambelli afirmou ainda que conversou com a ativista para pedir aos manifestantes “abaixarem a temperatura”.

“Ela fez o contrário, aumentou a temperatura e tem uma personalidade explosiva, mas nem de longe é uma pessoa perigosa.”, opinou Zambelli.

Já para Joice Hasselmann (PSL-SP), que como Alexandre Frota era uma enfática apoiadora de Jair Bolsonaro no começo de seu governo, chegou a afirmar que “os investigadores obtiveram vídeos de Sara Winter sobre os financiadores do movimento 300”. A informação não foi confirmada por nenhuma fonte oficial até o momento.

 

 

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