Política
Prisão domiciliar é revogada e ex-secretário estadual de Educação do Rio vai para penitenciária
Pedro Fernandes estava em prisão domiciliar devido a diagnóstico positivo para Covid-19


A Polícia Civil prendeu na manhã desta quarta-feira 30 o ex-secretário de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes (PSC). O mandado de prisão domiciliar contra Fernandes expirou hoje, por determinação judicial.
Agentes estiveram na casa do político na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e o encaminharam à Corregedoria da Polícia Civil, no centro da capital. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), ele deve ser conduzido para Benfica, na zona norte da cidade.
Fernandes foi preso em 11 de setembro na Operação Catarata II, mas permaneceu em regime domiciliar por apresentar diagnóstico positivo para Covid-19.
Investigações do Ministério Público do Rio (MP-RJ) apontam que o ex-secretário usou de sua influência para obter vantagens eleitorais no pleito de 2018, além de receber dinheiro de propina da organização criminosa que chefiava a partir de contratos fraudulentos para execução de projetos sociais da Fundação Leão XIII, órgão do governo fluminense.
A estratégia foi confirmada em depoimento por Bruno Campo Selem, ex-funcionário da Servlog Rio, uma das empresas beneficiadas pela organização criminosa. Selem também foi preso na Operação Catarata e era braço-direito dos donos da Servlog, o casal Flávio Salomão Chadud e Marcelle Braga Chadud, outros alvos da ação dos promotores e da Polícia Civil.
Salem também citou em depoimento o governador em exercício Cláudio Castro (PSC), responsável pela gestão da Fundação Leão XIII, como um dos beneficiários do esquema quando ainda era vereador, entre 2017 e 2018.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.