Primeiro passo para coibir os atentados contra escolas é regular redes, defende Camilo Santana

Em entrevista exclusiva a CartaCapital, o ministro da Educação detalhou as últimas ações da pasta após os atentados nas instituições de ensino

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O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu, nesta quarta-feira 19, em entrevista à CartaCapital, que o passo básico para coibir os atentados contra escolas, deve ser a regulação das plataformas, através do PL das Fake News.

“É preciso ter uma lei que possa regular as nossas plataformas digitais no Brasil, esse é um problema mundial, mas aqui nós temos que ter uma lei”, afirmou, “[Porque] são pessoas estimulando a violência, e cultuadas por outras como heróis, porque estão incentivando nazismo, fascismo”. 

O estímulo ao ódio nas redes funcionou como um agravante da violência nas escolas, que teve um estopim em 2022, e já colocou 2023 como o ano que mais registrou episódios de violência, com um total de sete ataques.

Cerca de 2,8 mil suspeitas de atentado foram investigadas e 368 pessoas foram presas ou apreendidas desde abril, segundo balanço do ministério da Justiça. Algumas encontradas em grupos neonazistas em redes sociais, como o Telegram e o Twitter

Na entrevista, o ministro destaca ainda que o resultado de um grupo interministerial, instituído pelo presidente Lula (PT) após um dos atentados, é a criação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência nas Escolas. O projeto conta com a participação de oito ministérios, entre eles, Saúde e Justiça, é dele que saiu a base para o PL das Fake News.

“O PL 2266 trata exatamente das seguranças nas escolas, por que eu sei que isso é uma aflição para as famílias, porque a gente tem uma visão da escola como um lugar seguro, de amor, de fraternidade e é nisso que vamos trabalhar pra construir e precisamos desse esforço coletivo”, diz Santana. “Fundamentalmente que o Congresso Nacional apoie, temos o PL das Fake News, para possamos ter leis que possam punir as plataformas que são usadas para estimular ódio e violência nesse País”. 


O projeto foi aprovado em urgência na Câmara, mas paralisou no Senado, após investidas das big tech contrárias às normas propostas pela regulamentação.

Assista a entrevista na íntegra:

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