Política
Primeiras imagens do aeroporto durante ataque a Moraes na Itália já estão em posse da PF
Investigadores aguardam outros vídeos de câmeras de segurança do aeroporto com todos os ângulos que capturaram as possíveis agressões


Em contato com CartaCapital nesta sexta-feira 21, fontes da Polícia Federal confirmam o recebimento das primeiras imagens do circuito de segurança do aeroporto de Roma, na Itália, que mostram a confusão envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e os três suspeitos de agressão, o empresário Roberto Mantovani, sua esposa Andreia Munarão e Alex Zanatta.
A corporação espera receber, ainda nesta sexta-feira 21, imagens de outros ângulos de gravação. Nos próximos dias, os vídeos passarão por perícia da Polícia Federal, que usará o laudo para concluir as investigações.
Informações obtidas pela CNN apontam que as câmeras do aeroporto confirmam o relato do ministro sobre as agressões contra ele e seu filho. A mesma informação foi dada por Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, após conversas com autoridades da Itália.
O vídeo enviado pela polícia italiana mostraria o filho do ministro recebendo um tapa do empresário Roberto Mantovani, segundo a apuração.
Ao fim da discussão, um dos integrantes do grupo suspeito da agressão teria gravado Moraes proferindo xingamentos. Esse vídeo já está em análise pela Polícia Federal, mas há suspeita de que ele tenha sido editado. Em nota, a defesa dos três supostos agressores nega e afirma que a gravação foi enviada em sua totalidade aos investigadores.
Relembre o caso
O ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado na última sexta-feira 14 por um grupo de brasileiros no aeroporto de Roma, na Itália.
Moraes retornava com a família ao Brasil após ter participado de uma palestra em Siena. Os suspeitos teriam chamado o magistrado de “bandido, comunista e comprado”.
Os três suspeitos de agressão já prestaram depoimento à Polícia Federal. Os relatos apresentados pelos acusados divergem daquele registrado pelo ministro.
Segundo o advogado que representa o grupo, Ralph Tórtima, a família admite ter chamado o ministro de “entrevero”, mas negou ter hostilizado Moraes. A versão ainda aponta que o ministro teria iniciado a ofensiva contra o grupo.
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