Política

Pressionado por falhas nos trens, Tarcísio diz que não deixará o MP governar São Paulo

O Ministério Público busca o fim do contrato com a ViaMobilidade após contínuas falhas na operação

Pressionado por falhas nos trens, Tarcísio diz que não deixará o MP governar São Paulo
Pressionado por falhas nos trens, Tarcísio diz que não deixará o MP governar São Paulo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Foto: Vinicius Freitas/Governo de São Paulo
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), rechaçou a manifestação do Ministério Público paulista pelo fim do contrato com a concessionária que opera as linhas de trem 8-Diamante e 9-Esmeralda.

Ao lado de executivos da ViaMobilidade, responsável pelas linhas, o bolsonarista criticou a atuação do órgão. A operação dos trens está sob investigação após contínuas falhas, como descarrilamentos e atrasos na entrega de obras.

“O dia em que você deixar o Ministério Público governar por você, você está morto”, disse o governador nesta terça-feira 28. “A aposta que estou fazendo é naquilo que vai trazer a maior quantidade de investimento no menor tempo possível. Qual seria a solução? Voltar para a CPTM, para a administração pública? É essa a solução que o Ministério Público está propondo?”

Durante o discurso, Tarcísio reconheceu os problemas na operação e alegou que sua gestão trabalha para monitorar e cobrar evolução do consórcio.

Em janeiro, o promotor Silvio Marques, titular da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público, anunciou que pediria o fim da concessão à ViaMobilidade. Ele afirmou haver falhas de manutenção preventiva nos trilhos dos trens, ocasionando atrasos, superlotação e paralisações.

Ao justificar a manutenção do contrato, Tarcísio mencionou a promessa de quase 600 milhões de reais em investimentos e se disse satisfeito com o plano apresentado pelo consórcio.

Executivos da concessionária afirmaram, por sua vez, que o valor previsto para manutenção das linhas foi subestimado no contrato, já que o estado de conservação dos trens em operação seria pior que o imaginado.

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