Política

Preso pela PF, Garotinho “some” de programa de rádio. Ouça

O ex-governador do Rio apresentava ao vivo o “Fala Garotinho” na Rádio Tupi

Garotinho: ele foi preso na porta da rádio em que trabalhava
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O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR) foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira 13 enquanto apresentava o programa “Fala Garotinho” na Rádio Tupi AM, após uma decisão judicial que o condenou por compra de votos e determinou sua prisão domiciliar.

O programa, que diariamente ocupa uma hora do espaço matinal da rádio, tinha cerca de 22 minutos de duração quando Garotinho apresentou o quadro intitulado “Dica da Rosinha”, estrelado por sua mulher, a também ex-governadora Rosinha Garotinho (PR). Após Rosinha explicar como uma mistura de leite e vinagre seria capaz de remover manchas de tinta esferográfica em tecidos, Garotinho apresentou a empresa patrocinadora do quadro e sumiu. 

Sucedeu-se um longo intervalo comercial, de cerca de seis minutos, cujo último anúncio, aparentemente gravado e sobre um remédio para a próstata, tinha a voz de Garotinho. Na sequência, entrou a vinheta de outro programa, tocado por Cristiano Santos.

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Também apresentador da Rádio Tupi, Santos voltou ao ar e alegou que substituíra Garotinho porque este estaria com um problema de saúde. “Nosso Garotinho até tentou, você viu, né? Até tentou fazer o programa hoje, mas a voz foi embora, a orientação médica é que ele pare de falar. Agora o marido que pertence à Rosinha vai se cuidar um pouquinho para amanhã estar de volta aqui se Deus quiser”, disse. Ouça o áudio:

Garotinho, no entanto, não estará de volta, ao menos por enquanto. Condenado a mais de 9 anos de prisão em regime fechado por corrupção eleitoral, associação criminosa e supressão de documentos públicos, Garotinho terá de cumprir prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, e fica proibido de utilizar telefones celulares, podendo se comunicar apenas com advogados e familiares próximos. 

Essas medidas cautelares foram determinadas, segundo o jornal O Globo, porque a Justiça entendeu que o grupo comandado por Garotinho segue cometendo crimes, como ameaça a testemunhas e destruição de provas. 

O caso pelo qual Garotinho foi condenado ocorreu em 2016 na prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ), então comandada por Rosinha. Garotinho era o secretário de Governo e teria desembolsado 11 milhões de reais em um esquema paralelo do programa Cheque Cidadão.

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