O apoio do “centrão” era tido como um dos principais trunfos de Geraldo Alckmin para deslanchar na campanha, mas sua tímida performance nas pesquisas leva alguns integrantes do bloco a flertar com opositores do tucano.
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Ciro Nogueira, do PP, presidente do partido da vice de Alckmin, Ana Amélia, deixou claro em suas redes sociais: “sendo Lula candidato, voto nele”. “Boa (?) parte da imprensa do centro-sul do país parece não ter aquivos”, escreve o senador, ao publicar uma foto sua com Lula.
“Faz um ano que digo: sendo Lula candidato, voto nele. Nunca escondi isso de ninguém, sobretudo de meus aliados. É uma questão de ter e manter a palavra, que faço como bom nordestino que sou.”
Candidato ao Senado pelo Piauí, Nogueira divide-se nesta campanha entre o apoio do PP a Alckmin no plano nacional e a aliança com o PT no estado, que tenta reeleger o governador Wellington Dias.
A declaração de Nogueira ocorreu após ele participar de uma caminhada com Fernando Haddad, vice de Lula por enquanto, e Dias na sexta-feira 17. Em vídeo divulgado por Haddad, Nogueira faz o sinal do “L” e diz estar “lutando ao lado de Lula”.
Ciro Nogueira estava ao lado de Alckmin quando o tucano anunciou o acordo com o “centrão”, do qual o PP faz parte. Apesar do arranjo nacional com a legenda, o PSDB tem tido dificuldade para garantir esse apoio na prática.
Levantamento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que metade dos aliados de Alckmin estará ao lado de coligações regionais que apoiam presidenciáveis adversários, a exemplo de Ciro Nogueira.
Alckmin também tem demonstrado enorme dificuldade para subir nas pesquisas. Um levantamento realizado pelo instituto MDA a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNT) apontou que o tucano tem apenas 4,9% das intenções de voto. De acordo com a mesma pesquisa, o tucano tem rejeição semelhante à de Jair Bolsonaro, o pior dos principais candidatos nesse índice. Mais de 52% dos eleitores afirmam que não votariam de forma alguma no presidenciável do PSDB.