Política

Presidente da Fundação Palmares nega risco de demissão por Regina Duarte

A secretária recém-empossada demitiu seis homens bolsonaristas nesta quarta-feira. ‘Estou confirmadíssimo’, afirma Camargo

Presidente da Fundação Palmares nega risco de demissão por Regina Duarte
Presidente da Fundação Palmares nega risco de demissão por Regina Duarte
Sérgio Camargo, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Twitter/Sergio Camargo
Apoie Siga-nos no

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, publicou em suas redes sociais que está “confirmadíssimo” no cargo mesmo após a demissão de seis funcionários bolsonaristas de diversas secretarias na pasta da Cultura.

Na publicação, que veio após os primeiros boatos que a exoneração dos seis funcionários seria concluída, Camargo afirmou que possui o respaldo do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, onde está a Secretaria Especial de Cultura. No mesmo dia, o presidente já havia publicado em seu Twitter uma foto ao lado de Camargo.

Regina Duarte vem sendo alvo de eleitores de Bolsonaro mais próximos à corrente olavista por demitir funcionários. Olavo de Carvalho, o guru da presidência, publicou mensagem contra a atriz, que antes tinha o seu aval. “Aplaudir a indicação da Regina Duarte parece ter sido uma cagada minha”, escreveu Carvalho.

 

Entre os demitidos, está Dante Mantovani, que estava à frente da Fundação Nacional das Artes (Funarte) e ficou conhecido por falar que rock estava ligado ao satanismo.

Além de Dante, os outros nomes são os de Paulo Cesar Brasil, presidente do Instituto Brasileiro de Museus; Reynaldo Campanatti Pereira, secretário da Economia Criativa; Rodrigo Junqueira, secretário de Difusão e Infraestrutura Cultural; Camilo Calandreli, secretário de Fomento e Incentivo à Cultura; e Marcos Villaça Azevedo, secretário de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual.

Sergio Camargo, por sua vez, é conhecido por publicações em que nega a existência do racismo no Brasil e ataca o movimento negro. “O movimento é braço político da esquerda, não representa os negros honrados do Brasil (vasta maioria) e defende pautas que nós, cidadãos de bem, repudiamos”, escreveu Camargo no Twitter nesta quarta.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo