O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, usou as suas redes sociais para criticar o Dia da Consciência Negra, chamando a data de “vitimização”. É o segundo ano que o presidente da Fundação não dá apoio a data marcada por manifestações de movimentos negros.
Sugestões para dar credibilidade à data, já que consciência não tem cor:
Dia da Mente Negra Escravizada pela Esquerda, ou Dia do Culto ao Ressentimento pelo Passado. Opcionalmente, Dia da Vitimização do Negro. Considerem tmb Dia de Luta pela Divisão Racial do Povo. Por nada. pic.twitter.com/j9Bwgvc8IS
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) November 20, 2021
Camargo, novamente, diminuiu a luta por igualdade afirmando que os reis africanos vendiam os escravos para os europeus.
“Se o movimento negro reconhecesse essa amarga verdade, seria aniquilado pela própria ignorância histórica e incurável hipocrisia. Seria seu fim!”, publicou ele.
O presidente da Fundação ainda exaltou a Princesa Isabel, chamando a regente de “Redentora”.
Camargo também fez postagens criticando o líder quilombola Zumbi dos Palmares.
Por que Zumbi, se podemos ter como herói o brilhante engenheiro, abolicionista e monarquista André Rebouças?
Más escolhas despertam maus sentimentos e promovem causas deletérias: raiva, ressentimento, revanchismo histórico e divisão racial. ⬇️ pic.twitter.com/xv8n8huBO0
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) November 20, 2021
Desde que assumiu a Fundação, nomeado pelo presidente Bolsonaro, Sérgio tem recebido críticas quanto a sua administração.
Em novembro a nomeação de Camargo ao cargo foi suspensa judicialmente, sendo revertida pelo STJ em janeiro de 2021.
Nos últimos meses, Camargo esteve afastado da gestão pessoal da Fundação Palmares. A Vara do Trabalho entendeu que ele estava promovendo assédio moral e perseguição ideológica contra funcionários da Fundação.
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