Política
Presidência da Câmara: Lira confirma apoio a Hugo Motta e cita ‘projeto de convergência’
Atual ocupante da cadeira afirma que foram feitos acordos com ‘diversas legendas partidárias’


O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira 29 o apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa para sucedê-lo na principal cadeira da Casa a partir do ano que vem.
“Com esse meu gesto, espero dar início à concretização de conversas que foram feitas e acordos que foram firmados com diversas legendas partidárias, em torno desse mesmo projeto de convergência”, disse Lira, em pronunciamento ao lado de Motta e de outros parlamentares.
Ao fazer o anúncio, Lira insistiu em termos como “diálogo” e “apoio”, “mesmo em um contexto de polarização social e política”. Ele afirmou que avalia que Motta tem “maiores condições políticas de construir convergências no Parlamento”.
O apoio de Lira tem sido disputado por diversos deputados nos últimos meses. Dois deles, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antônio Brito (PSD-BA) foram citados no discurso feito pelo atual comandante da Câmara: “mais do que colegas de Parlamento, são verdadeiros amigos de vida”.
“Com eles, tal como com todos os Parlamentares, mantive um diálogo aberto, franco e, sobretudo, leal, e a todos fiz apenas um único pedido: viabilizem-se junto às deputadas e aos deputados, pois sem convergência, não há governabilidade”, afirmou Lira.
Durante o discurso em que confirmou o apoio a Motta, o atual presidente da Câmara falou sobre o projeto em tramitação que visa conceder anistia a golpistas envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. O tema, que fez parte das discussões sobre a sucessão, vai ser debatido por uma Comissão Especial, a mando de Lira – na prática, a discussão foi atrasada.
“Há de ser plena a liberdade do Parlamento de formular, discutir, debater, pensar as temáticas mais relevantes e sensíveis de nossa gente. Assim também deve ser com a chamada Lei da Anistia. O tema deve ser devidamente debatido pela Casa. Mas não pode jamais, pela sua complexidade, se converter em indevido elemento de disputa política, especialmente no contexto das eleições futuras para a Mesa Diretora da Câmara”, declarou.
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