Possível liberação de Lula acirra ânimos de procuradores e políticos

Crescem os chamados a protestos e as críticas ao ministro Marco Aurélio Mello

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Procuradores e aliados do presidente eleito Jair Bolsonaro reagem a decisão liminar de Marco Aurelio Mello tomada nesta quarta 19 para a liberação de condenados que tenham sido presos antes do trânsito em julgado, decisão que beneficia o ex-presidente Lula.

O Movimento Brasil Livre convocou uma manifestação para as 17h, em frente à sede do STF em Brasília. Já os petistas pediram mobilização urgente na Vigília Lula Livre, na Polícia Federal de Curitiba. Também na tarde de quarta, a defesa do ex-presidente pediu a soltura imediata, dispensando exame de corpo de delito.

Crescem os chamados a novos protestos e críticas ao ministro, que vão desde de acusações criminais a pedidos de afastamento -e até do fechamento do Supremo.


O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, recém-saído da força-tarefa da Lava Jato, se manifestou várias vezes contra a decisão. “Mais que um indulto! Marco Aurélio dá a Lula um presente de Natal! Só que às custas da crença da população na Justiça”, escreveu no Facebook.

No Paraná, o procurador Adriano Fernandes ventilou ‘basta um jipe, um cabo e um soldado’, em referência à uma frase proferida por um dos filhos de Bolsonaro sobre o fechamento do STF. O post foi apagado instantes depois.

Deputada federal mais votada dessas eleições, Joice Hasselmann, defendeu o afastamento de Mello e elogiou um suposto ‘alinhamento’ de Dias Toffoli com o governo Bolsonaro, pedindo que ele casse a liminar do colega.

 

O juiz carioca Marcelo Bretas também conjecturou sobre as mudanças e reações de um ‘velho modelo’.

Dos filhos de Bolsonaro, Eduardo foi até agora o único a comentar nominalmente a decisão. Ele lamentou, em uma série de posts, que a decisão do ministro beneficia centenas de milhares de presos.

Também eleita deputada, Janaína Paschoal afirma que a decisão “coloca em risco o país”.

General de reserva, e político do PSL, Girão Monteiro diz que a ordem ‘absurda’ de Marco Aurelio ‘não irá muito longe’.

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