CartaExpressa
Porto Alegre aprova aumento de salário para prefeito, secretários e vereadores
No final do ano passado, uma proposta semelhante foi rejeitada por um voto no Legislativo municipal
A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou um projeto de lei que aumenta os salários do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários. Uma emenda apresentada durante a votação ainda permitiu que a remuneração dos próprios vereadores fosse reajustada.
Os reajustes entram em vigor em 2025. No caso dos secretários, porém, o aumento tem efeito imediato.
Com as mudanças, os salários ficam da seguinte forma:
- Prefeito: com reajuste de 62%, o salário passará dos atuais 21,4 mil para 34,9 mil reais;
- Vice-prefeito: o salário passará de 14,2 mil para 23,4 mil reais;
- Secretários: o aumento é de 40%. Os vencimentos saltarão de 14,2 mil para 19,9 mil reais (neste caso, o aumento pode ser ainda maior, uma vez que o salário deve ser reajustado por meio de decreto para corrigir eventuais perdas inflacionárias);
- Vereadores: com aumento de 35%, a remuneração sairá de 17,4 mil para 23,4 mil.
Proposta pela Mesa Diretora da Câmara, o texto aprovado ainda prevê um aumento no teto do funcionalismo público na capital gaúcha. A justificativa do projeto é que os valores estão em “consonância com as elevadas responsabilidades” dos cargos.
No final do ano passado, uma proposta semelhante foi rejeitada por um voto no Legislativo municipal. Com as mudanças chanceladas pelos parlamentares na quarta-feira 12, o salário do prefeito de Porto Alegre passará a ser o quarto maior entre as capitais brasileiras.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
O caminho para ‘blindar’ o reajuste do salário mínimo na nova regra fiscal
Por CartaCapital
Salariômetro: reajuste salarial ficou acima da inflação em maio
Por Agência Brasil