Política

Porta-voz faz pronunciamento vago e não responde sobre Bolsonaro

Otávio Rêgo Barros falou a jornalistas após reunião do comitê de crise interministerial sobre pandemia

O porta-voz Otávio Rêgo Barros. Foto: Reprodução/YouTube
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O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, fez pronunciamento após a primeira reunião do comitê de crise interministerial conduzido pelo Ministério da Casa Civil, nesta terça-feira 17. As reuniões ocorrerão todos os dias, às 10 da manhã, com um comunicado oficial da Casa Civil às 18h com novas informações sobre o combate ao coronavírus.

O discurso não teve informações específicas sobre decisões tomadas. Entre os repasses pós-reunião, Rêgo Barros repetiu o anúncio do ministro da Economia, Paulo Guedes, dado na segunda-feira 16, sobre o pacote de 147,3 bilhões para ações contra a pandemia.

A reunião também tratou, segundo o porta-voz, da aquisição de mais kits de laboratório, mas não foi especificado qual resolução foi extraída da conversa.

Ele também citou a aquisição de equipamentos para melhorar a produtividade dos exames e o aumento dos recursos financeiros conforme o plano de contingência dos estados, porém, sem informar números, nem prazo.

Ele falou ainda sobre a decisão do Ministério da Saúde deve realizar o chamamento de 5 mil médicos, anúncio que já foi feito pela pasta na semana passada.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), segundo ele, faz o “acompanhamento da situação aérea e os direitos do consumidor”.

Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública faz “parcerias com o Ministério da Saúde para medidas sanitárias e vacinação em massa junto à população carcerária”.

Em seguida, anunciou que o comitê lançará uma portaria “sobre a internação compulsória”.

“Seria leviano da minha parte informar com mais profundidade sobre um tema que está sendo elaborado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública”, disse.

O Ministério da Educação faz, segundo ele, “o acompanhamento da situação de crianças que dependam de alimentações escolares”.

De acordo com o porta-voz, o Ministério da Agricultura e Abastecimento faz o “acompanhamento preventivo do reabastecimento”. Perguntado sobre quais as ações práticas da pasta, ele afirmou que há uma preocupação no sentido de “identificar possibilidades eventuais de que algum produto, em algum momento, em algum local, seja dificultado no acesso à população”. Porém, ele disse que não há nenhum tipo de preocupação “pontual” e que se trata de uma “antecipação”.

No momento das perguntas, Rêgo Barros foi questionado sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro em relação às recomendações do Ministério da Saúde no combate ao coronavírus. No entanto, o porta-voz interrompeu a pergunta no meio e se negou a responder.

Ele confirmou que o presidente da República foi submetido a um novo teste de coronavírus. O resultado, segundo ele, pode ser divulgado na quarta-feira 18. Perguntado se, agora, a Presidência entende a gravidade da pandemia, Rêgo Barros se limitou a dizer que a criação do comitê de crise por parte de Bolsonaro “é a revelação da preocupação com este evento”.

O fechamento de fronteiras do país não foi tratado pela reunião.

O Brasil confirmou sua 1ª morte por coronavírus. O paciente tinha 62 anos e faleceu em São Paulo, estado que concentra 152 casos, maior número de registros no país. O Brasil já são 234 casos e 2.064 suspeitos.

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