Política

Por falta de acordo, Senado adia análise da desoneração da folha para terça

Antes do recesso, Pacheco chegou a afirmar que a matéria só seria colocada no plenário após um consenso

Por falta de acordo, Senado adia análise da desoneração da folha para terça
Por falta de acordo, Senado adia análise da desoneração da folha para terça
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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A análise do projeto de lei que trata da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia foi adiada para a próxima terça-feira 20. Os senadores ainda não chegaram a um acordo sobre o texto.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acatou o pedido de seguir com a discussão da matéria na próxima sessão deliberativa. Pela dificuldade em costurar um entendimento sobre a matéria, a votação proposta já foi adiada mais de uma vez.

Nesta quinta-feira 15, o senador Jaques Wagner (PT-BA) apresentou ao Plenário seu substitutivo, do senador licenciado Efraim Filho (União-PB).

Como há muitos destaques apresentados ao texto, o relator disse que tentará incorporar o que for possível para apresentar seu texto final na próxima semana.

Antes do recesso, Pacheco chegou a afirmar que a matéria só seria colocada no plenário após um consenso entre o Congresso Nacional e o Poder Executivo.

O projeto prevê a reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia, mantém a desoneração integral neste ano e estabelece a retomada gradual da tributação sobre a folha de pagamento entre 2025 e 2027.

Conforme o projeto, a reoneração gradual da folha de pagamento terá duração de três anos (2025 a 2027). O projeto mantém a desoneração integral em 2024 e estabelece a retomada gradual da tributação a partir de 2025 (com alíquota de 5% sobre a folha de pagamento).

Em 2026 serão cobrados 10% e, em 2027, 20%, quando ocorreria o fim da desoneração. Durante toda a transição, a folha de pagamento do 13º salário continuará integralmente desonerada.

O projeto também reduz, gradualmente, durante o período de transição, o adicional de 1% sobre a Cofins-Importação instituído em função da desoneração da folha de pagamento. O acréscimo será reduzido para 0,8% em 2025 e 0,6% no ano seguinte. Já em 2027, o acréscimo será de 0,4%.

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