Por discursos no 7 de Setembro, PDT pede ao TSE que Bolsonaro fique inelegível

O partido de Ciro Gomes argumenta que o presidente usou o evento para a promover a sua candidatura à reeleição

Ciro Gomes e Jair Bolsonaro. Fotos: Evaristo Sá/AFP

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O PDT protocolou nesta quinta-feira 8, no Tribunal Superior Eleitoral, uma ação em que pede uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL)  por suposto abuso de poder político e econômico durante a comemoração do Bicentenário da Independência em Brasília e no Rio de Janeiro, no último 7 de Setembro.

O partido argumenta que o ex-capitão usou o evento para a promoção de sua candidatura. No documento, a sigla estende o pedido ao ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, que ocupa a posição de vice na chapa de Bolsonaro.

“Além do uso da estrutura do evento (palanque, veiculação através da TV BRASIL), que foi custeado com o erário, o primeiro investigado cumprimentou pessoas, posou para fotos com aliados e, em discurso realizado de cima de um trio elétrico, conclamou apoiadores a votarem nele no primeiro turno e convencer aqueles que pensam “diferente de nós”, diz trecho da peça. “Observa-se, a partir da análise do discurso proferido pelo primeiro Investigado, que houve pedido explícito de votos, bem como utilização maciça do slogan de campanha eleitoral”.

A legenda acrescenta que Bolsonaro usou o cargo para desvirtuar a comemoração. “Por ser um ato público destinado a louvar um fato histórico para o País, o evento não poderia ter sido transformado em um palanque eleitoral”.

O PDT ainda pede que o presidente fique inelegível por oito anos, além da “denegação do registro de candidatura ou a cassação do diploma”.

Integrantes da oposição e outros partidos anunciaram, ainda na quarta-feira 7, que acionariam o TSE contra o ex-capitão. A campanha do ex-presidente Lula (PT) disse que Bolsonaro realizou um ‘megacomício’.


Leia a peça do partido de Ciro Gomes:

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