Política

Polícia prende hacker em São Paulo suspeito de ameaça terrorista contra autoridades

Delegada não descarta que o investigado tenha vínculos com o homem que se explodiu em Brasília

Polícia prende hacker em São Paulo suspeito de ameaça terrorista contra autoridades
Polícia prende hacker em São Paulo suspeito de ameaça terrorista contra autoridades
Foto: Divulgação/Polícia Civil do RS
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, prendeu nesta quinta-feira 14 em Jundiaí (SP) um hacker suspeito de ameaçar autoridades.

A Operação Deus Vult foi deflagrada para apurar supostos atos racistas, extremistas, homofóbicos e de ameaças terroristas contra autoridades públicas em todo o País, principalmente do Congresso Nacional.

Os agentes apreenderam computadores, tablets, celulares, pen drives e outros materiais. O próximo passo é identificar se outras pessoas estão envolvidas nessas práticas criminosas.

A investigação surgiu depois de a deputada estadual gaúcha Bruna Rodrigues (PCdoB) denunciar ter recebido um e-mail com ameaças de morte e de agressão sexual, direcionadas também à família dela.

Os policiais notaram que a mensagem teria partido de um provedor sediado na Suíça. Posteriormente, descobriram que o investigado já usava o mesmo nome falso desde 2022 e tinha diversas ocorrências registradas — as vítimas eram autoridades e órgãos públicos.

“Acreditamos que a motivação para essas ofensas tenha a ver com o ideológico extremista, que o levou a fazer essa proliferação de discurso de ódio, voltado mais para ideologias de extrema-direita”, disse a delegada Vanessa Pitrez, diretora-geral do Departamento Estadual de Investigações Criminais, citada pelo jornal Folha de S.Paulo.

Segundo ela, não há informação sobre uma eventual ligação entre o rapaz preso nesta quinta e o homem que se explodiu na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na véspera. A delegada disse, porém, não descartar algum vínculo.

“Mas nós temos indicativos de que o suspeito participava de grupos extremistas”, prosseguiu. “Vamos analisar todo esse material e poderemos ver se ele tem alguma relação com esse indivíduo, se se conheciam ou se participavam de grupos ideológicos similares.”

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