Política

Polícia Federal investiga repasses da Oi para empresa de filho de Lula

Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão para apurar repasses financeiros suspeitos feitos pelo grupo Telemar/Oi

Polícia Federal investiga repasses da Oi para empresa de filho de Lula
Polícia Federal investiga repasses da Oi para empresa de filho de Lula
Polícia Federal
Apoie Siga-nos no

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira 10, a 69ª fase da Operação Lava Jato, chamada de “Mapa da Mina”, que visou cumprir 47 mandados de busca e apreensão que envolvem investigações de repasses financeiros suspeitos do grupo Oi/Telemar a empresas do grupo Gamecorp/Gol.

Um dos sócios da empresa é o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva. Além dele, estariam envolvidos também os empresários Kalil Bittar e Jonas Suassuna. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal, em Curitiba, e cumpridos em São Paulo e no Rio de Janeiro.

De acordo com o MPF, o grupo de telefonia investiu e contratou a Gamecorp “sem a cotação de preços com outros fornecedores”, além de realizar “pagamentos acima dos valores contratados e praticados no mercado”. As análises foram feitas em contratos e dados extraídos da quebra de sigilo fiscal dos sócios das empresas.

As investigações também defendem que a Oi/Telemar foi beneficiada por atos do governo federal nos anos de gestão de Luis Inácio Lula da Silva, como a compra do Brasil Telecom e uma nomeação na Anatel, o órgão reguladora de telefonia no Brasil.

“As apurações indicam que tais pagamentos, realizados entre 2004 e 2016, e superiores a 132 milhões de reais, foram realizados sem justificativa econômica plausível, ao tempo em que o grupo Oi/Telemar foi beneficiado por diversos atos praticados pelo governo federal”, diz o MPF.

Em nota, a Oi afirmou que “atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades, assegurando total e plena colaboração com as autoridades competentes”.

A defesa de Fábio Luis Lula da Silva, comumente conhecido como “Lulinha”, ainda não se manifestou sobre o caso. O ex-presidente Lula publicou uma declaração nas redes sociais dizendo que a investigação era um “espetáculo” com o intuito de perseguir sua família.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo