Política

PMs invadem sede do partido Unidade Popular em SC; militantes falam em intimidação

O caso aconteceu na manhã desta quinta-feira 27, no centro de Florianópolis

PMs invadem sede do partido Unidade Popular em SC; militantes falam em intimidação
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Créditos: Divulgação
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Policiais militares invadiram na manhã desta quinta-feira 27 a sede de Santa Catarina do partido Unidade Popular pelo Socialismo (UP), no centro de Florianópolis. Os agentes quebraram a porta e vandalizaram o local, segundo integrantes da legenda, que afirmam terem sido surpreendidos com a ação.

“Foi um negócio absurdo”, lamentou em contato com CartaCapital a presidenta estadual da UP, Júlia Andrade. “Porta arrombada, sede completamente revirada, todas as gavetas abertas, coisas jogadas ao chão…”

Segundo Andrade, os policiais apreenderam pelo menos dois laptops e um celular. A operação de busca e apreensão também mirou militantes do partido e integrantes do Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas, o MLB.

De acordo com a presidenta da UP catarinense, o partido não foi notificado previamente nem tinha conhecimento de uma possível ação judicial que motivasse a diligência desta quinta. Somente depois da ação os advogados teriam tomado conhecimento de uma investigação em curso, mas sob sigilo.

Militantes alegaram se tratar de uma ação política do governo de Jorginho Mello (PL) contra partidos e movimentos populares que se mobilizam por pautas como moradia e fim da escala 6×1.

“O sentimento é de profunda indignação. Isso nos lembra os tempos sombrios da ditadura militar, em que organizar um movimento social que reivindicasse a terra, o teto e a alimentação era crime”, completou Andrade.

A UP realizou uma plenária em sua sede no início da tarde, com a participação de partidos de esquerda e entidades. Também agendou uma manifestação para esta sexta-feira 28, às 12h, no centro de Florianópolis, para denunciar o que considera uma perseguição política praticada pelo estado.

A reportagem de CartaCapital procurou o governo de Santa Catarina e a Polícia Militar e solicitou esclarecimentos sobre a operação, mas não obteve respostas até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.

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