Política

Plataformas digitais devem ser responsabilizadas por ação ou omissão, diz Gilmar

Em evento na AGU, o ministro do STF afirmou estar ‘absolutamente convencido’ da necessidade de ‘disciplinar as redes sociais’

Plataformas digitais devem ser responsabilizadas por ação ou omissão, diz Gilmar
Plataformas digitais devem ser responsabilizadas por ação ou omissão, diz Gilmar
O ministro Gilmar Mendes, do STF. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, defendeu nesta terça-feira 7 que redes sociais e plataformas digitais sejam “legalmente responsabilizadas” por ação ou omissão. Ele afirmou que os atos golpistas de 8 de janeiro são uma “janela de oportunidade” para discutir mudanças na legislação sobre o tema.

Gilmar participou de um evento em comemoração aos 30 anos da Advocacia-Geral da União, em Brasília, ao lado de Jorge Messias, ministro da pasta.

“Estou absolutamente convencido de que é urgente a disciplina das redes sociais. É fundamental que as plataformas sejam legalmente responsabilizadas por suas ações ou por suas omissões”, afirmou o magistrado. “É fundamental que naquele cardápio de medidas que já estão previstas na legislação, de notícias que atentem contra a moral, bons costumes, a divulgação de pedofilia, também se insira a defesa da democracia.”

Gilmar exaltou a iniciativa da AGU de criar a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, voltada ao combate à desinformação. O instrumento foi anunciado nos primeiros dias do governo Lula.

“Estamos vivendo um momento muito peculiar. A despeito de todos esses desafios, a democracia no Brasil se mostrou resiliente. Mas é fundamental que nós possamos dar atenção a isso.”

Em eu discurso no evento, Jorge Messias defendeu que a AGU tenha um papel proativo no enfrentamento à desinformação e aos ataques contra a democracia.

A competência da nova procuradoria é monitorar notícias falsas e distorções sobre instituições ou políticas públicas, além de acionar a Justiça ao identificar danos ao funcionamento da democracia.

“Sim, senhoras e senhores, a AGU decidiu fazer sua parte, no limite de suas competências, e se juntar às demais instituições no combate às mentiras deliberadas que pretendem levar à ruína os alicerces que sustentam o Estado Democrático de Direito”, disse Messias. “Decidimos que não seremos omissos.”

Ele lembrou que a atuação da procuradoria está em fase de debate com outros agentes públicos e a sociedade civil, por meio do grupo de trabalho que discute a regulamentação do órgão. Messias disse, no entanto, que a AGU manterá “a consciência de que nosso papel é fortalecer as liberdades públicas, em especial a da livre expressão e de imprensa”.

(Com informações da Agência Brasil)

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