Política

PGR quer barrar novo pedido de Braga Netto por mais prazo no inquérito do golpe

O ministro do STF Alexandre de Moraes já rejeitou duas vezes a manobra do ex-ministro de Jair Bolsonaro

PGR quer barrar novo pedido de Braga Netto por mais prazo no inquérito do golpe
PGR quer barrar novo pedido de Braga Netto por mais prazo no inquérito do golpe
Walter Braga Netto e Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou nesta segunda-feira 10 ao Supremo Tribunal Federal um parecer contra o recurso protocolado pela defesa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa de Jair Bolsonaro (PL), por mais prazo para se manifestar sobre a denúncia da trama golpista de 2022.

Apesar de discordar do prazo de 15 dias, a defesa já enviou sua manifestação à Corte e alegou que a denúncia é “fantasiosa”.

Os advogados pediram um prazo de 30 dias para se pronunciar nos autos, sob o argumento de que teriam de analisar cerca de 70 gigabytes e 1.400 arquivos. O prazo reiterado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi de quinze dias e está previsto na legislação.

A defesa também sustentou não ter acesso à íntegra da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Braga Netto desejava apresentar sua manifestação depois de Cid.

Moraes rejeitou duas vezes a solicitação de mais prazo e a defesa recorreu, em busca de um julgamento do pedido na Primeira Turma.

Gonet, por sua vez, defendeu a manutenção das decisões de Moraes e disse não haver na lei a previsão de extensão do prazo. “A Procuradoria-Geral da República aguarda a manutenção das decisões agravadas e o não conhecimento do agravo regimental.”

(Com informações da Agência Brasil)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo