O procurador-geral da República interino, Alcides Martins, emitiu na sexta-feira 20 parecer contrário ao recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que pede a suspeição dos procuradores que atuaram nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. Os advogados também pediam a nulidade das condenações, com base nos diálogos vazados e publicados pelo site The Intercept Brasil.
A defesa também pediu que as cópias das mensagens trocadas entre procuradores da República sejam compartilhadas e a PGR também se manifestou de forma contrária a este requerimento.
Para além do conteúdo das mensagens vazadas, os advogados do ex-presidente consideraram no recurso que houve a “realização de um espetáculo” durante uma apresentação do Ministério Público Federal onde o coordenador da Força-Tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, mostrou um power point implicando diversos crimes ao ex-presidente. Eles citam também que houve direcionamento das investigações “em desfavor” de Lula e a criação de um fundo bilionário sob a alçada da 13ª Vara Federal de Curitiba, fatores que teriam colocado sob suspeita a atuação dos procuradores da República.
No entendimento do procurador interino, tanto na condenação quanto na prisão provisória de Lula, “foram asseguradas todas as garantias constitucionais aplicáveis à espécie, em especial o direito à ampla defesa e ao contraditório, tendo sido confirmadas por mais de uma instância jurisdicional.”
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