A Procuradoria-Geral da República afirmou ao Supremo Tribunal Federal não ver desvio de finalidade do presidente Jair Bolsonaro nas trocas promovidas no comando da Polícia Federal.
No início deste mês, o ministro Alexandre de Moraes encaminhou à PGR um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para barrar trocas em diretorias da PF. A solicitação do parlamentar se deu no âmbito no inquérito que apura suposta interferência política de Bolsonaro na corporação.
O parecer da PGR, assinado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, alega que as nomeações não apresentam “qualquer indício de desvio de finalidade, de forma que não estão sob apuração e não podem fundamentar a decretação de medida cautelar sem a efetiva demonstração de tal ilegalidade”.
A mudança mais recente ocorreu em 25 de fevereiro, quando o então diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, foi exonerado do cargo. Ele deu lugar a Marcio Nunes de Oliveira, um homem de confiança do ministro da Justiça, Anderson Torres.
Nesta semana, Nunes de Oliveira decidiu trocar o delegado titular responsável pela coordenação do setor de Investigação e Combate à Corrupção do órgão. Para o lugar de Luiz Flávio Zampronha, foi escolhido Caio Rodrigo Pellim.
O setor tem entre suas atribuições investigações de fake news e o financiamento de atos antidemocráticos, além de desvios de dinheiro públicos por parlamentares. Entre os casos na área estão investigações sobre Bolsonaro, seus filhos Carlos e Flávio e parlamentares aliados.
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