A Procuradoria-Geral da República denunciou, nesta sexta-feira 27, mais 150 pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Naquele dia, bolsonaristas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
Segundo o Ministério Público Federal, os denunciados foram detidos no acampamento instalado em frente ao quartel-general do Exército. Eles são acusados de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais.
Os novos alvos da PGR estão presos no Distrito Federal. Trata-se da quinta leva de denúncias contra os responsáveis pelo terrorismo na capital – ao todo, 254 foram denunciados ao Supremo Tribunal Federal.
As peças encaminhadas à Corte nesta sexta são assinadas pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos. Segundo ele, o acampamento apresentava “uma evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos golpistas.
Horas antes de a PGR apresentar as denúncias, o interventor da União na Segurança Pública do DF, Ricardo Capelli, divulgou as principais conclusões do relatório da intervenção. Segundo ele, o acampamento golpista teve papel central no desdobramento dos atos terroristas.
“Todos os atos de vandalismos da capital federal passaram, tiveram sua organização, planejamento e ponto de apoio naquele acampamento”, afirmou. “Todos os eventos passam de uma forma ou de outra por aquele acampamento criminoso, que perturbou a ordem pública do Distrito Federal.”
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