A Procuradoria-Geral da República defendeu, nesta quinta-feira 17, que o Supremo Tribunal Federal rejeite pedidos para investigar a conduta do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e dos ministros Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sergio Nogueira de Oliveira (Defesa) nas eleições.
O objetivo de parlamentares e juristas é apurar a postura de Vasques e Torres nas blitze realizadas pela PRF no dia do segundo turno do pleito presidencial – especialmente no Nordeste – e nos bloqueios de rodovias promovidos por manifestantes favoráveis a Jair Bolsonaro (PL).
Nogueira, por sua vez, entrou na mira por manifestações que colocariam em xeque a legitimidade do processo eleitoral.
A PGR questionou, porém, a autoridade dos parlamentares e dos juristas para propor a investigação. Segundo a peça, divulgada pela TV Globo, o órgão também avalia que os pedidos não apresentam “elementos concretos e reais” de uma organização criminosa antidemocrática.
Na última terça-feira 15, o procurador Eduardo Santos de Oliveira Benones, da Procuradoria da República no Rio de Janeiro, defendeu o “imediato afastamento cautelar” de Vasques, sob o argumento de que houve “uso indevido do cargo”.
Segundo o procurador, as blitze realizadas pela corporação no segundo turno contribuíram “sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores”.
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