Política

PF vai ouvir Valeixo, Ramagem, Saadi e três ministros de Bolsonaro

Polícia Federal quer informações no âmbito do inquérito que apura acusações de Sérgio Moro ao presidente Jair Bolsonaro

O ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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A Polícia Federal vai ouvir, na segunda-feira 11, depoimentos do ex-diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo; do atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem; e do ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi.

Três ministros também prestarão informações à Polícia Federal, na terça-feira 12: general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

Eles serão ouvidos no âmbito do inquérito que apura suposta tentativa de interferência política do presidente Jair Bolsonaro no trabalho da Polícia Federal. A investigação foi aberta após o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, pedir demissão do cargo, por se opor à exoneração de Maurício Valeixo do comando da PF.

 

Depois de dispensar Valeixo, Bolsonaro quis substituí-lo por Alexandre Ramagem, mas revogou a decisão quando o Supremo Tribunal Federal (STF) quis barrá-la. O presidente da República, então, nomeou Rolando Alexandre de Souza ao comando da PF. Uma das primeiras ações de Rolando foi trocar a chefia da superintendência da PF no Rio de Janeiro, foco de interesses do clã Bolsonaro.

Segundo o jornal O Globo, Valeixo vai ser ouvido pela PF em Curitiba, no Paraná, assim como Moro em 2 de maio. Já Ramagem e Saadi farão depoimento em Brasília. Os ministros devem depor em Brasília. O veículo reporta ainda que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) deve prestar informações à PF na quarta-feira 13.

As acusações de Moro sobre interferência política na PF foram rechaçadas por Bolsonaro, durante entrevista à imprensa na terça-feira 5. Segundo o ex-capitão, o ex-ministro cometeu “crime federal” e acusou trechos do depoimento de “mentira deslavada”. Ele negou que tenha pedido relatórios de inquérito da corporação.

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