Política

PF prende coronel que comandou operação no DF no dia 8 de janeiro

A suspeita é de que o policial, que está entre os alvos da 5ª fase da Operação Lesa Pátria, tenha sido omisso no planejamento da operação que não conteve os atos terroristas

O coronel Jorge Eduardo Naime. Foto: Reprodução Foto: Divulgação/PM-DF
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A Polícia Federal prendeu preventivamente nesta terça-feira 7 o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do departamento operacional da Polícia Militar do Distrito Federal. A suspeita é de que o policial tenha sido omisso no planejamento da operação que acompanhou os atos terroristas.

O mandado de prisão contra o coronel é um dos quatro cumpridos nesta terça-feira pela PF a pedido do Supremo Tribunal Federal na 5ª fase da Operação Lesa Pátria. Outros três policiais seriam também alvos da operação com pedidos de prisão temporária.

Naime entrou na mira da Justiça não apenas por ser o responsável pelo planejamento da operação de segurança no DF, mas também por pedir folga do trabalho às vésperas dos ataques realizados por bolsonaristas em Brasília. A licença concedida pelo ex-comandante-geral da corporação, Fábio Augusto Vieira, compreendia o período do dia 3 ao dia 8 de janeiro. Ele chegou a ser convocado para atuar no dia dos ataques e foi exonerado do cargo após a ação dos terroristas. Vieira também foi exonerado e segue preso também por suspeita de omissão.

Em nota, a PF disse que o objetivo da Operação desta terça é “identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro”. Além das prisões, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

As prisões desta terça se somam a outras 12 já realizadas pela PF no âmbito da Lesa Pátria. Ao todo, também foram realizadas 31 buscas e apreensões desde que os atos terroristas ocorreram em Brasília.

Também segundo a PF, “os fatos investigados pela operação constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.

(Com informações do jornal O Globo)

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