Política

PF marca o depoimento de Jair Bolsonaro no inquérito contra Eduardo por trama nos EUA

Ao abrir a investigação, o ministro do STF Alexandre de Moraes mandou a corporação ouvir o ex-presidente

PF marca o depoimento de Jair Bolsonaro no inquérito contra Eduardo por trama nos EUA
PF marca o depoimento de Jair Bolsonaro no inquérito contra Eduardo por trama nos EUA
Celso Vilardi e Jair Bolsonaro durante julgamento no STF. Foto: STF/AFP
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A Polícia Federal agendou para a próxima quinta-feira 5, às 15h, o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito contra seu filho “03”, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A oitiva ocorrerá na superintendência em Brasília.

A investigação resulta de uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, a pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A PF apura a trama de Eduardo nos Estados Unidos para viabilizar sanções contra autoridades brasileiras, em especial Moraes.

Gonet avalia inicialmente que os eventos narrados apontam para a prática, em tese, de três crimes por parte do deputado licenciado: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Ao abrir o inquérito, na última segunda-feira 26, Moraes mandou a PF ouvir Jair Bolsonaro em até 10 dias, uma vez que o ex-capitão é, de acordo com a PGR, “diretamente beneficiado pela conduta descrita” e já declarou ser o “responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”.

Por viver nos Estados Unidos, Eduardo poderá prestar seu depoimento por escrito.

Gonet apontou que as ações de Eduardo se intensificam à medida que avança o processo contra o pai pela tentativa de golpe de Estado em 2022.

Segundo o PGR, o intuito do deputado licenciado é “impedir, com a ameaça, o funcionamento pleno dos poderes constitucionais do mais alto tribunal do Poder Judiciário, da Polícia Federal e da cúpula do Ministério Público Federal, com isso atentando contra a normalidade do Estado democrático de direito”.

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