A Polícia Federal intimou Jair Renan, o filho ’04’ de Jair Bolsonaro, a depor no inquérito que apura supostas práticas de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A informação é da TV Globo.
O inquérito foi aberto em 15 de março deste ano pela Polícia Federal. Segundo o jornal O Globo, Jair Renan teria recebido um carro elétrico de representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, avaliado em 90 mil reais.
Um mês após a doação, em outubro do ano passado, a empresa conseguiu agendar um encontro com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, do qual também participou Renan. Desde então, a PF investiga se o ’04’ agiu para que o grupo empresarial conseguisse a reunião.
Na ocasião, o advogado Frederick Wassef, que representa Renan, negou a acusação. “Não tem nenhum carro, ele nem atuou para abrir porta para ninguém. Jair Renan nem sabe da existência desse carro. Ele não tem carro nenhum, inclusive. É mais um ato para atingir o presidente da República”, disse, à época.
Em outubro, a delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro recebeu um pedido de compartilhamento de informações que constam no inquérito das milícias digitais para abastecer a investigação contra Jair Renan. Em ofício, o Setor de Inteligência Policial da PF no Distrito Federal registrou que diligências em andamento no inquérito que mira o filho de Bolsonaro indicam a ‘associação estável’ entre ele e outros investigados ‘no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade’.
“O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”, diz ainda o documento.
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