Política

PF indicia Zambelli e Delgatti por invasão ao sistema do CNJ

Durante a ação criminosa, houve a inserção de um falso mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes

PF indicia Zambelli e Delgatti por invasão ao sistema do CNJ
PF indicia Zambelli e Delgatti por invasão ao sistema do CNJ
Walter Delgatti Neto e Carla Zambelli são acusados de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça - Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A Polícia Federal indiciou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti no inquérito sobre a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça, no início de 2023.

Delgatti foi preso preventivamente pela Polícia Federal em 2 de agosto do ano passado. Naquele dia, a corporação também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Zambelli, que nega qualquer irregularidade no caso.

A operação foi deflagrada para identificar os responsáveis por uma invasão ao sistema informatizado do Poder Judiciário. Durante a ação criminosa, houve a inserção de um falso mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. 

De acordo com Delgatti, em setembro de 2022 Zambelli teria se aproximado dele, pois desejava que invadisse as urnas eletrônicas ou qualquer sistema da Justiça, a fim de demonstrar uma suposta fragilidade tecnológica do Estado.

Em depoimento à PF, Delgatti afirmou ter recebido dinheiro de Zambelli para entrar nos sistemas. O montante teria chegado a 40 mil reais, na versão do depoente.

Segundo um trecho do relatório da PF, Delgatti foi “instigado pela parlamentar para acessar o sistema do CNJ, com o intuito de causar prejuízo à imagem do Judiciário e de um ministro do STF”.

Walter Delgatti ficou conhecido por acessar e divulgar mensagens trocadas entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato. O material deu origem à série de reportagens conhecida por Vaza Jato.

Em nota, a defesa de Zambelli afirmou que ela “jamais fez qualquer tipo de pedido para que Walter Delgatti procedesse invasões à sistemas ou praticasse qualquer ilicitude”.

“Novamente a Deputada reafirma que não cometeu qualquer conduta ilícita e/ou imoral e exercerá, se necessário, seu amplo direito de defesa para comprovar sua inocência. O uso abusivo de suposições e probabilidades não são elementos induvidosos a pretender sustentar as suspeitas levantadas”, diz o comunicado.

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