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PF consulta Moraes sobre destino de cartas e encomendas enviadas a Bolsonaro

O documento ainda questiona o ministro se o ex-presidente também pode escrever cartas para serem entregues a familiares ou a terceiros

PF consulta Moraes sobre destino de cartas e encomendas enviadas a Bolsonaro
PF consulta Moraes sobre destino de cartas e encomendas enviadas a Bolsonaro
A tentativa de romper a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda antecipou a ida de Bolsonaro para Superintendência da Polícia Federal – Imagem: Sergio Lima/AFP
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O delegado regional executivo da Polícia Federal no Distrito Federal, Marcos Paulo Pimentel, solicitou nesta terça-feira 16 ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, esclarecimentos sobre qual deve ser o destino de “cartas e encomendas” enviadas a Jair Bolsonaro (PL).

O ex-presidente está preso há três semanas na sede da PF em Brasília, onde cumpre a pena imposta pelo STF na ação penal do golpe.

No documento, Pimentel afirma não existirem, nas regras internas da corporação, nenhuma norma sobre o que fazer com esse tipo de pacote, já que não é comum abrigar presos em suas dependências por longos períodos. Por isso, recomenda o seguinte fluxo sobre os pacotes recebidos pela PF:

  1. Recebimento da correspondência;
  2. Inspeção preliminar de segurança;
  3. Entrega a Jair Bolsonaro, se forem itens permitidos;
  4. Entrega a “familiar ou a terceiro autorizado”, em outros casos.

Não há prazo para que o magistrado se manifeste. O ofício não indica quantos pacotes foram recebidos e não dá detalhes sobre o conteúdo das cartas e encomendas.

O documento ainda questiona Moraes se o ex-presidente também pode escrever cartas na prisão para serem entregues a familiares ou a terceiros. A consulta foi fundamentada em dispositivos da Lei das Execuções Penais, que regula direitos e deveres de pessoas em cumprimento de pena. A legislação prevê que o preso tem direito à comunicação escrita com o mundo exterior, desde que respeitadas as normas de segurança.

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