PF conclui que autor do pedido de CPMI do 8 de Janeiro incitou atos golpistas

O deputado André Fernandes (PL-CE) é investigado no STF a pedido da PGR

Foto: Reprodução

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A Polícia Federal concluiu que o deputado André Fernandes (PL-CE) incitou atos antidemocráticos que levaram à invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília no 8 de Janeiro. A informação foi revelada nesta quinta-feira 25 pelo G1.

O parlamentar é autor do requerimento para a instalação da CPMI do 8 de Janeiro, iniciada nesta quinta-feira 25. Ele também é um dos membros titulares do colegiado.

O pedido de investigação contra Fernandes partiu da Procuradoria-Geral da República, com base em publicações do deputado nas redes sociais.

Em uma delas, de 6 de janeiro, Fernandes anunciou que aconteceria um “ato contra governo Lula” na Praça dos Três Poderes, em Brasília, naquele fim de semana. Já no dia 8, após o início dos atentados, o deputado publicou a imagem de uma porta de um armário com o nome do ministro Alexandre de Moraes e acrescentou: “Quem rir, vai preso”.

Os investigadores classificaram como criminosa a conduta do parlamentar por “incitar, publicamente, a prática de crime, qual seja, de tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício”.

“Depreende-se que ele coadunou com a depredação do patrimônio público praticada pela turba que se encontrava na Praça dos Três Poderes e conferiu ainda mais publicidade a ela (tendo em vista o alcance das suas redes sociais) restando, portanto, demonstrada sua real intenção com aquela primeira postagem, que era a de incitar a prática delituosa acima citada”, anotaram os investigadores.


O relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, deu 15 dias para a PGR se manifestar sobre a conclusão da PF.

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