Política

PF apreende mais de R$ 1 milhão na casa de suspeito de fraudes na Codevasf

A corporação deflagrou operação nesta quarta e investiga a prática dos crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro e associação criminosa

Foto: Divulgação
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A operação deflagrada nesta quarta-feira 20 pela Polícia Federal para averiguar suspeita de fraude em contratos da Construservice com a Codevasf apreendeu mais de 1 milhão de reais em dinheiro vivo na casa de um dos alvos.

Aproximadamente 80 agentes cumpriram 16 mandados autorizados pela Justiça de São Luís em cinco municípios maranhenses. Os policiais prenderam o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como “Imperador” – daí vem o nome da operação, Odoacro, em referência a um soldado italiano líder de uma revolta contra o Império Romano.

A PF investiga a prática dos crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O dinheiro vivo foi encontrado pela PF em São Luís, na residência de uma pessoa suspeita de ser laranja do grupo empresarial e vinculada a uma empresa de fachada. Essa companhia participaria de licitações apenas para conferir legalidade à “disputa” e garantir a vitória da Construservice na Codevasf, controlada pelo Centrão.

Em nota, a defesa de Eduardo José Barros Costa afirmou considerar ilegal e desnecessária a prisão temporária do cliente.

“Informa que tudo o que há nos autos do inquérito policial em curso é fruto apenas do início da investigação e da visão unilateral da Polícia e do Ministério Público sobre os fatos; que ele nunca sequer foi notificado para falar, apresentar documentos e/ou quaisquer outras manifestações defensivas; que, a partir de agora, colabora com a investigação – que corre em segredo de justiça – esperando ter a oportunidade de prestar os devidos esclarecimentos, com os quais demonstrará sua inocência”, alegam os advogados Daniel Leite e Tharick Ferreira.

A Codevasf, empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, foi um dos principais órgãos do governo abastecido com verbas do orçamento secreto. Parlamentares indicaram repasses aos estados usando as chamadas “emendas de relator”, que impedem a identificação do autor das remessas.

Sem nunca ter firmado contratos com o governo federal antes de 2019, a Construservice participou de obras de pavimentação em seis estados por um valor que pode chegar a cerca de 400 milhões de reais.

(Com informações da Agência O Globo)

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