Política

Petrobras diz não ter analisado celular de Castello Branco, com mensagens que ‘incriminariam’ Bolsonaro

O ex-presidente da estatal teve atritos com o ex-capitão devido aos preços dos combustíveis

Roberto Castello Branco. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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A Petrobras, em resposta a um pedido de explicação protocolado pela Controladoria-Geral da União, afirmou não ter inspecionado o celular do ex-presidente da companhia Roberto Castello Branco, que alegou carregar mensagens e áudios que “poderiam incriminar” o presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é do jornal O Globo. 

A estatal informou à CGU que “não foram identificadas, no âmbito da Petrobras, medidas administrativas, produção de relatórios ou de documentos, a partir do conteúdo do telefone corporativo entregue pelo Senhor R.C.B, ex-Presidente da empresa, em virtude dos fatos narrados pelo solicitante no pedido inicial”.

Castello Branco foi desligado da companhia em fevereiro de 2021, em meio a atritos com o ex-capitão devido aos preços dos combustíveis. 

Em um grupo no WhatsApp, ele afirmou que em seu celular corporativo havia mensagens e áudios que “poderiam incriminar” Bolsonaro. “Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, escreveu ele no diálogo, obtido pelo Metrópoles. 

Dois requerimentos foram protocolados na Petrobras para que o conteúdo das mensagens viesse à tona, mas não houve iniciativa para dar andamento aos questionamentos.

Em depoimento à PGR, Castello Branco minimizou suas declarações, alegando que o conteúdo se tratava de uma “discussão de bar”. Ele ainda afirmou ter usado termos “inadequados”.

“Eu escrevi a mensagem num grupo de WhatsApp, em uma discussão acalorada com o seu Rubem Novaes (ex-presidente do Banco do Brasil). E a palavra ‘incriminada’ não deve ser levada, considerada, no sentido literal. Significou apenas um momento em uma discussão acalorada.”

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