Petistas dizem achar ‘estranha’ operação contra Márcio França em ano eleitoral

O ex-presidente Lula e o deputado Paulo Teixeira questionaram os motivos da operação ser deflagrada após 3 anos que França deixou o cargo

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Apoie Siga-nos no

O deputado federal e secretário-geral do PT, Paulo Teixeira (SP), afirmou nesta quarta-feira, 5, que é estranha uma operação da Polícia Civil de São Paulo contra o ex-governador Márcio França (PSB), realizada nesta manhã. França é um dos alvos de ação que investiga supostos desvios na área da saúde. Além dele, o seu irmão, Cláudio França, também é investigado. Opinião semelhante a de Teixeira foi ecoada pelo ex-presidente Lula, minutos depois.

“Muito estranho que a operação contra o Márcio França aconteça 3 anos depois que acabou o seu mandato de governador. Agora que ele virou adversário do governo, num ano eleitoral, fazem uma operação dessa natureza”, disse Teixeira em publicação no Twitter.

“Nossa constituição é clara sobre a presunção de inocência. Que se investigue tudo, mas com direito de defesa e sem espetáculos midiáticos desnecessários contra adversários políticos em anos eleitorais. Minha solidariedade para Márcio França”, escreveu Lula.

De acordo com matéria do jornal Folha de S. Paulo as apurações da Polícia Civil e da Controladoria-Geral do Estado apontam que membros de uma organização criminosa desviaram dos cofres públicos, durante o governo de França, aproximadamente 500 milhões de reais, valor que deveria ser destinado para gestão de unidades de saúde para atendimento da população pobre.

Além disso, o ex-governador também teria recebido doações financeiras do médico Cleudson Garcia Montali, chefe do grupo criminoso, para a campanha eleitoral em que França concorria ao governo de São Paulo em 2018. França é pré-candidato ao governo de São Paulo no pleito deste ano.

Em mensagem no Twitter, França classificou a operação como “política”. “Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas ‘autoridades’, com ‘medo de perder as eleições’, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa”, afirmou.


(Com informações da Agência Estado)

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.