Política
‘Petista ou bolsonarista?’: Veja os números da pesquisa Datafolha que monitora perfil dos eleitores brasileiros
Em junho, 70% dos entrevistados se dividiam em grupos ideológicos ligados a Lula ou a Bolsonaro; volume saltou para 76% em julho
Às vésperas das eleições de 2026, a polarização política no Brasil avançou, com 76% da população se identificando como bolsonarista ou petista, segundo dados da pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira 8. São 39% dos entrevistados pelo instituto que se declaram alinhados ao presidente Lula (PT), enquanto 37% dizem ser simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os que se autointitulam ‘neutros’ somam apenas 18%. Já o número daqueles que afirmaram não votar em nenhum dos dois e não souberam responder a pergunta é de 6%. O levantamento ouviu 2.004 brasileiros, entre os dias 29 e 30 de julho, em 130 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Para chegar aos resultados, o instituto utilizou a metodologia de escala, que questiona o eleitor se ele está mais identificado com o petismo ou com o bolsonarismo. É possível apontar uma posição neutra ou mesmo não indicar resposta.
Nesse método, as escalas 1 e 2 representam posições ligadas ao ex-presidente, enquanto 4 e 5 seriam de eleitores próximos a Lula. O grupo que apontou a escala 3 é considerado neutro. Há, ainda, aqueles que não se identificaram com nenhuma das três opções e aqueles que não souberam responder.
A última rodada do Datafolha sobre o tema, publicada em junho, mostrava que petistas e bolsonaristas eram 35% cada, enquanto a quantidade de neutros atingia 20%. Foi a primeira vez que os grupos de bolsonaristas e de petistas se igualaram. Habitualmente, conforme mostra a série histórica da pesquisa, o volume de apoiadores de Lula é maior do que aqueles que se alinham a Bolsonaro, uma diferença que já chegou a ser de 10% em março de 2024.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
