Política

Perícia da polícia confirma que laudo de Marçal contra Boulos é falso

O ex-coach publicou o laudo falso na noite desta sexta-feira 4, em mais uma tentativa de associar o candidato do PSOL ao uso de drogas

Perícia da polícia confirma que laudo de Marçal contra Boulos é falso
Perícia da polícia confirma que laudo de Marçal contra Boulos é falso
Boulos e Marçal. Fotos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Reprodução/Redes Sociais
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A Polícia Civil de São Paulo confirmou neste sábado 5 que o laudo médico divulgado pelo candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) para tentar associar o também candidato Guilherme Boulos (PSOL) de ter utilizado drogas é falso.

“É falsa a imagem da assinatura em nome do médico ‘JOSÉ ROBERTO DE SOUZA”‘, lançada no receituário objeto de exame, descrito no capítulo “Peça de Exame”, posto que tal assinatura não apresenta as mesmas características gráficas dos exemplares observados nos documentos”, afirma a perícia técnica do Instituto de Criminalística de São Paulo.

Laudo da Polícia Civil aponta inconsistências na assinatura do documento apresentado por Marçal. Foto: Reprodução

O documento ainda aponta que o RG indicado como sendo de Boulos está incorreto, com dois dígitos, e não com um só “que é o padrão estabelecido para a Carteira de Identidade expedida pelo Governo do Estado de São Paulo”.

Marçal publicou o laudo falso na noite desta sexta-feira 4, em mais uma tentativa de associar o candidato do PSOL ao uso de drogas.

Por causa da publicação, a Justiça Eleitoral suspendeu por 48 horas a conta de Marçal na rede social Instagram. Além disso, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso.

O caso uniu os outros principais candidatos, mesmo rivais de Boulos, no repúdio contra Marçal. Tabata Amaral (PSB), por exemplo, incentivou o pedido de prisão do ex-coach.

Já Ricardo Nunes (MDB) disse que a Justiça precisa dar “um basta” no que chamou de “jogo rasteiro” praticado por Marçal. A campanha de Datena sinalizou que a atitude de Marçal tem como objetivo “tumultuar as eleições e fraudar a vontade do eleitor”.

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