Pela união dos Brasis

Esvaziadas por diversos governos, a Sudene, a Sudam e a Sudeco ganham novo fôlego com o retorno de Lula

Visão. Danilo Cabral quer transformar a paisagem do Semiárido nordestino com investimentos em negócios sustentáveis – Imagem: Mateus Sarmento/ASA Brasil e Sérgio Francês/PSB na Câmara

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A injustiça social que marca a formação do Brasil está fincada nas desigualdades regionais, tendo o Nordeste e o Norte como os maiores rincões de pobreza do País. Os piores Índices de Desenvolvimento Humano por Municípios (IDH-M) estão em Alagoas (0,633), Maranhão (0,647), Piauí (0,673), Paraíba (0,678) e Sergipe (0,687), todos estados nordestinos, e, no Norte, os destaques são o município de Jordão, no Acre, com o segundo menor IDH-M do País (0,476), e a Ilha de Marajó, no Pará, onde oito dos 16 municípios que compõem o arquipélago figuram entre os piores. Tal rea­lidade impõe um grande desafio para Danilo Cabral e Paulo Rocha, superintendentes indicados pelo governo Lula para comandar a Sudene e a Sudam, autarquias responsáveis, respectivamente, pelo desenvolvimento do Nordeste e do Norte.

A Sudeco, Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste, está numa situação mais confortável que o Nordeste e o Norte. A região conta com um cenário mais favorável por concentrar a maior fatia do agronegócio, setor que mais contribuiu para o aumento de 1,9% do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre deste ano. Cabe à Sudeco, contudo, fazer com que essa riqueza seja mais bem repartida na região, que continua com sérios problemas sociais, apesar de ser a campeã nacional no cultivo de soja e na criação de rebanho bovino. Toda essa pujança tem atraí­do pessoas de outros locais que buscam trabalho, provocando aumento populacional quase três vezes maior que a média nacional. Segundo o Censo 2022, recém-divulgado pelo IBGE, o Centro-Oeste teve crescimento populacional médio anual de 1,23% nos últimos 12 anos, enquanto o Brasil cresceu apenas 0,52%.

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1 comentário

CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 15 de julho de 2023 18h10
Se não houver respeito e colaboração com a Mãe Natureza, enchentes, ciclones extratropicais e secas disseminadas vão ser comuns. O uso econômico da Natureza deve respeitar as suas leis, não as da Economia.

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