PDT deve apresentar parecer sobre processo de Tabata Amaral no dia 22

Em entrevista ao programa 'Roda Viva', na TV Cultura, deputada afirmou que a sigla ultrapassou o prazo para concluir ação

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP). (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

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A Comissão de Ética do PDT deve apresentar ao diretório nacional da legenda, na terça-feira 22, o parecer sobre o processo que envolve a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP). A ação contra a parlamentar foi oficializada em 17 de julho.

Segundo informou o PDT a CartaCapital, haverá uma reunião da sigla em Brasília no dia 22, quando o conselho anunciará o parecer sobre os oito parlamentares que votaram a favor da reforma da Previdência em dois turnos na Câmara dos Deputados. “As decisões serão tomadas em conjunto”, afirma a legenda.

Além de Tabata, são alvos de processo os deputados Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG). A sigla argumenta que estes parlamentares traíram o acordo coletivo de votar contra as mudanças no sistema público de aposentadoria.

Na segunda-feira 14, a deputada declarou, no programa Roda Viva, da TV Cultura, que moverá uma ação na Justiça Eleitoral para pedir seu mandato. Segundo ela, o PDT atrasou o prazo da conclusão do processo, que, inicialmente, duraria 60 dias. Tabata afirma que a prorrogação a impede de exercer seu mandato, o que configuraria perseguição política.

“O PDT, quando decidiu nos suspender sem nenhum julgamento, disse que teria um prazo de dois meses para poder nos julgar. Isso faz três meses”, afirmou. “O PDT deixou de ser meu partido. Hoje, eu não atuo mais como vice-líder, os projetos que eu tinha em São Paulo foram cancelados. Na Câmara não consigo fazer nada que dependa do partido e preciso falar com outros. E passados esses dois meses, a gente enviou uma carta ao presidente [do PDT] Carlos Lupi pedindo julgamento e nenhuma resposta. Passou um mês e eu tomei essa decisão.”


No programa, Tabata voltou a defender a reforma da Previdência aprovada na Câmara. A deputada criticou o partido de executar um “ato eleitoreiro” ao suspendê-la e alegou que o acordo coletivo da sigla foi firmado em março, antes de alterações feitas no texto da reforma que a convenceram de dar voto favorável.

 

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