Pazuello e PL descumprem ordem de Moraes e mantêm general investigado

Mesmo após decisão do STF, Mário Fernandes segue lotado no gabinete de Pazuello

(Goiânia - GO, 26/07/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe os cumprimentos do Comandante de Operações Especiais, General-de-Brigada Mário Fernandes (à esquerda). Foto: Isac Nóbrega/PR

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O deputado federal General Eduardo Pazuello (PL) descumpriu uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e manteve um general aposentado do Exército investigando por planejar um golpe de Estado atuando em seu gabinete da Câmara.

Mário Fernandes, que foi ministro-interino da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, continua lotado no gabinete de Pazuello, onde tem um cargo de natureza especial. De acordo com informações públicas, o militar recebeu seu salário normalmente em fevereiro – pouco mais de 15 mil reais.

O cargo de natureza especial é privativo das lideranças e da mesa da Câmara. No caso do general, ele foi nomeado em 24 de março de 2023 pela liderança do PL e, em seguida, emprestado ao gabinete de Pazuello.

A decisão de Moraes que mandou afastar de funções públicas todos os investigados na articulação pró-golpe foi assinada em 8 de fevereiro. Procurado por CartaCapital, Pazuello disse que não irá comentar o assunto.

Mário Fernandes estava na reunião gravada em vídeo em que Bolsonaro pediu que ministros agissem contra o sistema eleitoral brasileiro. O militar foi alvo de busca e apreensão na Operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade, em latim).

Ele também foi o responsável pela divulgação de uma carta aberta pedindo ruptura institucional às vésperas da diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2022. O texto circulou nas redes bolsonaristas e em grupos de oficiais das Forças Armadas.


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