Política

Pazuello anunciou que Coronavac seria adquirida ‘como outras vacinas’, rebate Doria

‘A vacina do Butantan é a vacina do Brasil, é a vacina de todos os brasileiros’, disse o governador de São Paulo após ataques de Bolsonaro

Governador João Doria segura frasco da Coronavac em Brasília (Foto: Governo de São Paulo) Governador João Doria segura frasco da Coronavac em Brasília (Foto: Governo de São Paulo)
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João Doria (PSDB), governador de São Paulo, rebateu a afirmação do presidente Jair Bolsonaro sobre a vacina Coronavac, e afirmou que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, “anunciou que a vacina do Butantan, assim como outras vacinas, assim como a da Fiocruz e outras que venham a ser aprovadas pelos protocolos da Anvisa, seriam adquiridas para imunização dos brasileiros.”

A declaração foi dada em coletiva de imprensa em frente ao Congresso Nacional, onde Doria teve reuniões com senadores. Ele também se reuniria com o ministro Pazuello, mas o encontro foi cancelado devido a uma suspeita de infecção por Covid-19.

“A nossa posição, como governador do estado de SP, é que a vacina do Butantan é a vacina do Brasil, é a vacina de todos os brasileiros. Nós não classificamos vacina por razões políticas ou ideológicas, partidárias ou eleitorais.”, disse Doria. “Desde o início defendemos as vacinas – a do Butantan, de Oxford, e outras que poderão vir seguindo esse mesmo protocolo.”, complementou.

Nesta quarta-feira 21, Bolsonaro afirmou que o governo não irá comprar a vacina chinesa “de João Doria” antes de comprovação científica. “O povo brasileiro não será cobaia de ninguém”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais.

Em resposta, o governador, que acumulou desafetos contra o presidente no período da pandemia, afirmou que apoia Pazuello e que o ministro agiu “corretamente” e foi “aplaudido por 24 governadores de estado, por senadores e deputados que estavam presentes nessa reunião”.

Segundo Doria, a conferência virtual que desembocou na declaração de que haveria compra também contou com a presença dos líderes do governo na Câmara e no Senado, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

“Não é ideologia, política, processo eleitoral que salva. É a vacina. Eu peço a compreensão do presidente Jair Bolsonaro em seu sentimento humanitário para compreender que seu ministro da Saúde agiu corretamente, baseado na ciência, na saúde, na medicina, e priorizando a vida dos brasileiros. Não há razão para censurar, recriminar um ministro da Saúde por ter agido corretamente.”, afirmou o governador.

No momento, existem quatro vacinas em fase de testes no Brasil – todas com protocolos aprovados pela Anvisa. Caso os fármacos demonstrem sucesso, eles passam pelo crivo técnico e científico da Anvisa antes de qualquer liberação para o Programa Nacional de Imunização (PNI).

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