Pendurado em um caminhão em movimento, o empresário Junior Peixoto, de 41 anos, ficou conhecido como “patriota do caminhão” depois que o vídeo viralizou nas redes sociais na semana passada em Caruaru, no agreste de Pernambuco.
Ele participava de um ato antidemocrático após a vitória nas urnas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista à Folha de S. Paulo, Peixoto disse que se sente exposto com a repercussão das imagens. Além disso, afirma que se pendurou no caminhão como uma forma de defesa, e não para tentar impedir a passagem do veículo em um bloqueio na BR-232.
Peixoto contou ainda que ficou agarrado ao caminhão cerca de 6km e pelo menos oito minutos. Ele disse ainda acreditar que em determinado ponto, o veículo tenha passado dos 100 km/h, o que o deixou bastante assustado.
“Quando o caminhão começou a desenvolver velocidade, eu estava certo que iria morrer. Estava convicto que aquele era o meu último dia de vida”, disse Peixoto.
De acordo com Peixoto, não houve diálogo com o motorista do caminhão durante os quase oito minutos em que foi carregado. Ele foi deixado em um trecho da estrada mais afastado da cidade. E conseguiu retornar para casa depois que pegou uma carona. Ainda segundo o empresário, o motorista não quis conversar quando parou o caminhão, falou apenas que não queria se envolver em confusão.
A família de Peixoto só tomou conhecimento do episódio no dia seguinte, quando o vídeo viralizou nas redes sociais. O motorista do caminhão ainda não foi identificado.
“Eu iria falar [com a família], mas gradativamente. Não iria dizer tudo de uma vez. Mas a internet não perdoa”, afirmou.
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