Política

Patrimônio de deputado flagrado com caixas de dinheiro aumentou R$ 10 milhões nos últimos quatro anos, segundo TSE

Josimar Maranhãozinho listou nove casas, um apartamento e R$ 920 mil em espécie na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral em 2022

Patrimônio de deputado flagrado com caixas de dinheiro aumentou R$ 10 milhões nos últimos quatro anos, segundo TSE
Patrimônio de deputado flagrado com caixas de dinheiro aumentou R$ 10 milhões nos últimos quatro anos, segundo TSE
Maranhãozinho, aliado de Bolsonaro, cometeu crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, segundo a PF. Foto: Polícia Federal
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O patrimônio declarado à Justiça Eleitoral pelo deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA), gravado pela Polícia Federal manuseando caixas de dinheiro, aumentou cerca de R$ 10 milhões nos últimos quatro anos. Os dados constam do registro da candidatura à reeleição apresentado pelo parlamentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira.

Maranhãozinho declarou possuir bens em um valor total de R$ 14,5 milhões em 2018 (caso esse patrimônio fosse corrigido pelo índice IPCA da inflação, ele equivaleria atualmente a R$ 18,4 milhões). Neste ano, o patrimônio do deputado totalizou R$ 25,4 milhões.

Esse patrimônio atual é composto, principalmente, por nove casas, onze terrenos, um apartamento, quatro salas comerciais e até mesmo uma aeronave. Também inclui quatro veículos e aplicações financeiras, além de bens apresentados sem o detalhamento.

Em 2018, ele declarou possuir apenas duas casas, dois terrenos, duas salas e nenhum apartamento. A aeronave já constava em sua declaração, além de seis veículos.

O deputado declarou ter R$ 920 mil em dinheiro vivo. O valor diminuiu em relação a 2018, quando ele disse possuir R$ 1,4 milhão em espécie.

Em dois inquéritos já concluídos, a Polícia Federal acusou o deputado de ter cometido o desvio de recursos públicos de emendas parlamentares enviadas a prefeituras do Maranhão, com crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Em uma ação controlada feita com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF gravou em vídeo e áudio o parlamentar, durante o ano de 2020, manuseando caixas com dinheiro vivo e as entregando para aliados.

Procurado para comentar, Maranhãozinho não atendeu aos contatos da reportagem.

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